O setor de máquinas e equipamentos deve aumentar os investimentos no país neste ano. A estimativa é de que os aportes somem R$ 15,45 bilhões. O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), José Velloso, disse que os recursos são necessários para suportar o crescimento previsto de 6% na receita em 2022.
“No ano passado, investimos R$ 14,52 bilhões, valor 68% superior ao que esperávamos. Nem um setor no Brasil investiu e investe tanto como o de máquinas e equipamentos”, disse Velloso. “A busca pela melhoria de desempenho das máquinas não acaba nunca”, ressaltou.
A maior parte dos recursos, perto de 38,2%, serão aplicados, segundo Velloso, na modernização tecnológica para aumentar a produtividade nas fábricas. “Mesmo com o crescimento de mercado, as empresas não devem colocar como prioridade o aumento de capacidade. Elas buscam mais eficiência”, disse o dirigente.
Pelas estimativas da ABIMAQ, a receita
líquida total deverá crescer 6% neste ano. Em 2021, o indicador chegou a R$ 222,44 bilhões, alta de 21,6%. Segundo a entidade, o consumo aparente alcançou R$ 308,91 bilhões, evolução de 14,8% no comparativo com 2020. Já a receita líquida interna, conforme a ABIMAQ, tev
e crescimento de 25,3%, alcançando R$ 168,08 bilhões.
“Foi o melhor ano do setor da história no país. E estimamos que em 2022 vamos crescer mais ainda, sobre uma base bastante alta. E temos vários fatores que devem sustentar essa evolução, principalmente os setores de inf
raestrutura e construção”, disse Velloso. “A produção deve crescer 4,5% e as exportações outros 15,6%. Estamos bem otimistas para 2022”, afirmou.
No ano passado, as fabricantes de máquinas fecharam com uma carteira de pedidos para 10,8 semanas, alta de 21,3%. Segundo a ABIMAQ, com esse desempenho do mercado brasileiro, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 79,2%.
O comércio internacional também apresentou desempenho positivo em 2021. As exportações cresceram 34,2% no ano passado, para US$ 9,37 bilhões, e as importações chegaram a US$ 21,16 bilhões, com alta de 23,4%.
O nível de emprego também acompanhou a evolução do setor em 2021. As fabricantes terminaram o ano com uma folha de pagamento de 367,5 mil pessoas, 42 mil postos a mais que em 2020. “A nossa expectativa é de uma alta de 5% no número de vagas neste ano”, afirmou.